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Ronaldo: A pressão no Mundial, Casillas e ainda o xeque-mate a Messi

Cristiano Ronaldo na Seleção Nacional

Na conferência de imprensa desta manhã, Cristiano Ronaldo discordou da ideia de que a conquista do Mundial 2022 ao serviço da seleção Nacional seria uma forma de provar ao mundo que ainda estava em grande forma, depois de um arranque de temporada difícil no Manchester United.

O astro português lembra todo o seu trajeto até aqui, pelo que conclui que já não tem nada a provar a ninguém.

“Se tivesse de demonstrar com 37 anos e oito meses, estaria preocupado. Depois do que já disse, o que já ganhei, seria uma surpresa para mim. Claro que tenho de manifestar e poder demonstrar o que sou ano após ano, a mim, à minha família e aos meus fãs. Opiniões toda a gente tem e respeito, mas agora o Mundial será a competição mais importante. É a mais importante a nível de seleções. Se não ganhasse mais nenhum troféu até ao final da minha carreira, estaria orgulhoso do que fiz”, afirmou.

Ronaldo considera também que a pressão e a responsabilidade são as mesmas, mesmo depois das dificuldades que tem enfrentado no clube.

“Será o meu quinto Mundial. A responsabilidade tenho sempre, desde os meus 11 anos, quando que saí de casa para ir para Lisboa. Sinto que sou mais observado do que os outros, mas responsabilidade tenho sempre. Gosto de ter, mas a pressão é sempre a mesma. Desde muito jovem que lido com isso. Umas vezes mal, outras bem. Depende do momento e do calor. Não sou perfeito, mas sinto-me com capacidade para assumir a responsabilidade”, referiu.

Olhando para a Seleção, o capitão da equipa das quinas não tem dúvidas de que o grupo está imune em relação à repercussão mundial da sua entrevista a Piers Morgan.

“Na minha vida, timing é timing… Desse lado é fácil opinar, escrever, muitas vezes verdades, outras mentiras… ou a maior parte. Eu não tenho de pensar no que os outros pensam. Não vai influenciar aquilo que a Seleção quer. Staff, roupeiros… Todos me conhecem, sabem o que penso, conhecem-me desde os 11 anos, não serão influenciados pelo que dizem. Todos querem muito esta competição, todos querem jogar, que é algo que gosto de ver, a ambição é muito alta. Não só este episódio que ocorreu comigo, mas outros episódios poderão abalar o próprio jogador, mas não vai abalar o plantel”, assegurou.

Plantel esse que, na ótica de Ronaldo, tem um grande potencial e que permite sonhar com a conquista do Mundial.

“Do meu ponto de vista, quem ganha é a melhor seleção. Acredito que sim. [Portugal] Tem um potencial enorme. Vai ser bonito de se ver. A exigência será muito grande. Temos que começar com calma. Temos que ser os melhores. Se acreditamos que somos os melhores, temos de mostrar dentro de campo. Fácil”, disse.

Será em campo que Ronaldo quererá continuar a bater recordes, nomeadamente tornar-se no português com mais golos em Mundiais, ultrapassando Eusébio da Silva Ferreira.

“Os recordes, como já referi algumas vezes, são eles que me perseguem. Tenho batido recorde atrás recorde. Seria bonito e especial bater o recorde de Eusébio. Se Portugal ganhasse o Mundial e eu não marcasse um golo, assinaria por baixo. Juro pelos meus filhos. Isso é o mais relevante para mim. Há aquelas seleções que vemos de maneira diferente: Brasil, Argentina, França, Alemanha… Têm aquela pontinha de favoritismo, mas em 2016 também ninguém dava nada por nós”, disse.

Ronaldo abordou ainda as recentes declarações de Iker Casillas. O antigo guarda-redes do FC Porto defende, face às críticas de que tem sido alvo, Ronaldo parece estar no Mundial a convite.

“O Iker é uma pessoa com quem tenho uma grande relação, ganhámos muitas coisas juntos. Eu entendo o que se passa. A mim nada me surpreende. Concordo com ele e espero demonstrar que vamos eliminando aquele pequeno leque de críticas. As pessoas que gostam de mim são milhões. Essa é que é a minha motivação. Isso não há dinheiro que pague. A alegria dos meninos quando passam por mim”, frisou.

Por último Ronaldo abordou o duelo com Messi, isto depois da recente campanha com o argentino para uma marca de acessórios de luxo.

“Foi uma campanha que andei a fazer, que já queria há muitos anos, concretizei o sonho em poder fazê-la, toda a gente sabe da grandeza da marca. Será o meu quinto Mundial. Estou focado e extremamente otimista de que as coisas vão correr bem. Xeque-mate vamos fazendo na vida, não é só no xadrez. E eu faço muitas vezes. Não sei ser direto quanto a isso, mas gostava de ser eu a fazer o xeque-mate contra ele [Messi]. Seria bonito acontecer, já aconteceu num jogo de xadrez e no futebol seria ainda mais”, concluiu.

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