Ricardo Quaresma foi uma das grandes figuras da Seleção Nacional nos anos mais recentes, tendo atingido o topo da sua carreira internacional com a conquista do Euro 2016.
No entanto, antes da glória pela equipa das quinas, o antigo internacional português atravessou altos e baixos.
“Eu não me sentia bem em ir à Seleção porque sentia que não era valorizado. Preferia, às vezes, nem ser convocado. Ia para a Seleção e não me sentia feliz”, afirmou.
Tudo mudou com a chegada de Fernando Santos, que deu a confiança que Quaresma nunca sentiu da parte de outros selecionadores.
“A Seleção que mais me marcou foi no Europeu em 2016, porque era um plantel em que estava à vontade e que tinha um treinador, apesar de não jogar a titular, que acreditava em mim e que me dava essa confiança. Ficava chateado e na minha azia, mas sabia que ele contava comigo. E com os outros sentia que era mais um jogador e que estava a ir por ir”, referiu.
Questionado sobre a renuncia de Rafa à Seleção Nacional, Quaresma confidenciou que foi algo que também chegou a ponderar.
“Sinceramente, passou-me pela cabeça fazer o que o Rafa fez. Entendo perfeitamente o Rafa, porque quando estás em grande no clube e chegas à Seleção e és mais um, o que estás ali a fazer? Eu não estou a dizer que Fernando Santos não confia ou não gosta do Rafa, estou a falar por mim. No meu caso, sentia que me convocavam porque eram obrigados pelo que eu estava a fazer no FC Porto. Isso deixava-me desiludido”, concluiu.
